Comunicado sobre sobre Aporte – Seac

O Banese é um dos poucos bancos públicos que sobreviveram a várias privatizações que ocorreram no sistema financeiro do nosso País. Ela é uma instituição da sociedade sergipana e, em especial, daqueles que fizeram e fazem com o seu trabalho do dia a dia essa empresa mais forte.
Nesses 65 anos de vida, os baneseanos lutam pelo fortalecimento do banco e por melhores condições de vida e trabalho. Nesse esforço, foram criados a Casse, o Clube, o Sergus, a Corretora, o Seac e o Instituto Banese, que objetiva o desenvolvimento sócioeconômico, cultural e sustentável do nosso Estado, bem como a proteção de seus servidores no âmbito da saúde, lazer e aposentadoria complementar ao da previdência social.
Todo esse esforço e seus resultados não atingiram o que nós desejamos para a nossa sociedade e muito menos para a maioria dos servidores, tanto aposentados quanto ativos que cada vez mais passam por dias difíceis nesse nosso País tão desigual.
O fortalecimento do Banese e suas coligadas é uma exigência do momento político e econômico que passa o nosso Estado, o País e o mundo. A nossa luta é pelo seu crescimento forte, saudável, transparente. E que seus resultados retornem para o conjunto da sociedade e para aqueles que labutam no seu cotidiano.
Nesse momento, a polêmica é muita grande em torno de um aporte de capital que o Conselho do banco e da Casse deliberaram em 2015, em face ao Seac. Naquele momento, pouca ou nenhuma discussão ocorreu, talvez pela falta de divulgação. Lembramos que em agosto de 2014, numa reunião com os aposentados para discutir um equacionamento do déficit do Sergus, questionamos o Presidente do banco sobre esse aporte que tinha saído na imprensa local. Durante muito tempo o assunto não mais veio à tona.
Em 2017, depois de seus estudos, pareceres e deliberação do Bacen, o banco fez um aporte de R$ 22 milhões de reais no Seac, que vinha no prejuízo. Para realizar esse aporte, a Casse cedeu para o banco o direito preferencial, pois não tinha recursos para continuar com o mesmo percentual. A Casse, que era detentora de 95% de suas quotas, ficou com 50,25%; e o Banese, que possuía 5%, com 49,75% do capital social da empresa, que é de natureza limitada.
Com o crescimento do Seac, necessário se faz o banco aumentar o aporte deliberado em 2015. E assim procedeu, demonstrado e deliberado em reunião do Conselho Deliberativo em reunião de 28.06.2019, com a Casse convocando Assembléia Geral Extraordinária para o dia 09.07.2019, com o mesmo objetivo.
Para esse novo aporte, é necessário uma mudança na natureza jurídica do Seac, tendo em vista que a Casse não tem recursos e não perca o controle acionário. Para tanto, o Seac, que é uma empresa limitada precisa passar a ser uma Sociedade Anônima
Fechada, cujos acionistas serão: Casse e Banese, com os mesmos percentuais das quotas nas ações ordinárias, com o aporte do banco transformado em ações preferenciais, que não tem direito a voto. Nesses últimos anos, o Seac recupera as perdas do passado e já acumula resultado positivo, prevendo para esse ano um lucro surpreendente.
A Apabanese reuniu na última quarta-feira a sua Coordenação Executiva e deliberou pela convocação de todos os associados da Casse para a Assembléia do dia 09.07 e propõe como propostas, após consulta ao nosso advogado contratado para esse fim:
1. Ser favorável à transformação do Seac de sociedade limitada para sociedade anônima fechada, tendo como acionistas a Casse e o Banco, ficando a Casse com o controle acionário; 2. O Estatuto da futura sociedade seja aprovado em Assembléia Geral dos associados da Casse.
Atenciosamente,
Antônio José de Gois
Coordenador Geral da Apabanese