BANESE INICIA PRIVATIZAÇÃO COM CORRETORA

Banco estadual quer vender negócios do patrimônio de 40 anos da Corretora de Seguros, que pertence ao Plano de Saúde dos empregados(as)

 

Colocando em risco à Caixa de Assistência dos Empregados (as) do Banco do Estado de Sergipe (Casse/Banese), a direção do banco estadual inicia um processo de privatização do Banese, com o fatiamento de setores do chamado balcão de negócios do banco. A pedido da presidência do Banese, no último dia 14, o Conselho de Administração da instituição financeira votou o processo de venda do balcão de seguros, que faz parte de um dos serviços ofertados pela Banese Corretora.

A denúncia é da presidenta do Sindicato dos Bancários de Sergipe (SEEB/SE) e do ex-conselheiro do banco e atual coordenador da Apabanese, respectivamente Ivânia Pereira e Antônio Gois. Com mais de 40 anos de mercado, a Corretora Banese disponibiliza de variados produtos como Seguro de Acidentes Pessoais, Seguro de Vidas, Seguro Automóveis, Seguro Banese Card, Seguro para Celulares e Equipamentos Eletrônicos, Seguro Eventos, Seguro Renda Garantida, Seguro Residencial, Seguro Viagem, Consórcio, Capitalização Banese, Previdência Privada, entre outros.

Nesta segunda-feira (17/01), às 07h30, o SEEB/SE fará ato na porta do Centro Administrativo do Banese, para protestar contra esse processo de privatização.

“O Banese entregará para o setor privado seu balcão de seguros, sua estrutura, produtos, carteira de clientes. E ao que parece, o mercado irá usar toda a rede e estrutura do banco, inclusive a própria credibilidade da instituição estadual. Ou seja, um patrimônio público constituído há mais de 60 anos terá os negócios de seguros, pertencente à Banese Corretora repassados desta forma para o setor privado”, afirma Ivânia Pereira.

Também funcionária do Banese, Ivânia Pereira afirma que esse fatiamento representa o início da privatização do Banese, comandado pelo atual presidente do banco, Helom Oliveira. “A venda de parte do banco é um caminho ardiloso que tem sido implementado pelos governos e infelizmente agora pelo atual presidente do banco que segue essa cartilha para privatizar o Banese. Esse artificio começa agora com a venda do ‘balcão de Seguros’ para uma empresa privada sem nenhum compromisso com o Estado de Sergipe. O Sindicato dos Bancários envidará todos os esforços para impedir que isso ocorra e para denunciar os planos do governo estadual e da direção do banco. O povo sergipano sabe o quanto o Banese é importante para o estado, para a cultura, para a economia, para as políticas públicas e sociais, para a agricultura familiar, além de gerar milhares de empregos diretos e indiretos”, afirma Ivânia Pereira.

A líder sindical explica que a Banese Corretora faz aporte mensal à Caixa de Assistência, plano de saúde que assiste cerca de 5000 associados e dependentes. “Ao vender a Banese Corretora, o Banese fragiliza e ameaça a existência dessa empresa que é de propriedade da Caixa de Assistência dos associados/baneseanos”, afirma.

“Os privatistas chamam esses processos de parceria, de inovação, mas trata-se, na verdade, da constituição de novas metodologias de privatização dos bens públicos. Como se isso não bastasse pretendem também constituir novas empresas, cujo capital será majoritariamente privado, com a qual o Banese ou suas subsidiárias deverá se associar. Para a realização de sua ganância o mercado conta com a relevante contribuição dos agentes públicos como é o presidente do banco e a maioria dos conselheiros”, afirma Antônio Gois.

Por Déa Jacobina Ascom SEEB/SE