Histórico do Plano BD 2016 – Atual

Confira a última reportagem sobre o histórico do Sergus. Para ler as duas anteriores, acesse:

1ª reportagem: https://apabanese.org.br/analise-do-deficit-do-plano-bd-sergus/

2ª reportagem: https://apabanese.org.br/historico-do-deficit-sergus-de-2014-a-2016/

Em setembro de 2016, foi formada a Comissão Tripartícipe, com o objetivo de estudar a reestruturação do plano BD, formada pelo Sindicato dos Bancários e Apabanese. Comapreceu toda a Direção do Sergus, Lula e Gois representaram os participantes e assistidos e Petrônio representou o Patrocinador principal. Contamos com assessoria jurídica e atuarial, dado pelo Sergus, e assessoria previdenciária, pela Apabanese.

A primeira decisão da Comissão foi propor ao Patrocinador que os reajustes salariais não fossem acima da Convenção Coletiva da Categoria e que não fizessem o realinhamento de funções. Essas medidas e outras foram acatadas.

Em janeiro de 2017, foi apresentado estudo da empresa Mirador sobre formas de reestruturação – estudo inicial, simulações e possíveis formatos. Três alternativas foram mostradas:

1) Saldamento universal do plano;

2) Saldamento facultativo e cisão do plano BD e

3) Migração facultativa dos participantes do plano BD para o CD.

Após amplo debate, a Comissão sugeriu novos estudos à Mirador sobre as três alternativas propostas.

Em março do mesmo ano, foi realizada reunião do Conselho Deliberativo que discutiu sobre a reestruturação do plano BD, com os novos estudos apresentados pela Mirador. O Conselho, por unanimidade, decide pela exclusão do ítem (2) dos formatos de reestruturação. Tal decisão foi fundamentada no argumento de que o tamanho do nosso plano não permite uma cisão, pois pode inviabilizá-los.

Em junho de 2017, a Comissão se reuniu para sugerir ao Conselho Deliberativo a proposta de reestruturação do plano e após amplo debate, recomenda-se a opção do Saldamento Universal. A sugestão recebeu o apoio de todos, e foi proposto também a realização de assembleias com a presença de participantes e assistidos, que antecedeu a decisão do Conselho.

Nos meses seguintes foram realizadas as assembleias pelo Sindicato, pela Apabanese e pelo Sergus, para deliberar sobre Saldamento Universal.

No final de agosto, a Comissão volta a se reunir e com a apresentação dos resultados das assembleias, ratifica a decisão do Saldamento. No dia 30 do mesmo mês, o Conselho Deliberativo, por unanimidade, acata a sugestão da Comissão e propõe estudos complementares ao modelo apresentado.

Os meses seguintes foram de estudos pelas assessorias, com o encerramento do ano com um déficit acumulado de R$ 47,5 milhões. Influenciaram para esse valor o reajuste salarial abaixo do projetado, a reversão de provisões das ações judiciais e a rentabilidade dos investimentos.

No início de 2018, vários itens pendentes relacionados à proposta de Saldamento foram exaustivamente discutidos e no mês de junho foi finalmente aprovado pelo Conselho Deliberativo o conjunto do modelo de Saldamento Universal.

Depois de dois anos e meio de muito trabalho pela Comissão, pelas assessorias e Pelo Conselho Deliberativo, com aprovação das assembleias, a Previc aprova, em novembro de 2018, o Processo de Saldamento Universal com muito louvor, como caso de sucesso.

Em dezembro de 2018, com o plano saldado, este apresenta um déficit de R$ 35,6 milhões, influenciando nessa redução o próprio Saldamento e a rentabilidade dos investimentos.

No encerramento de 2019, tivemos um déficit R$ 1,2 milhão, com resultado surpreendente dos investimentos, principalmente em renda variável. Entretanto, como a renda variável tem volatilidade muito grande, em março doe 2020 ocorreram perdas relevantes e o primeiro semestre deste o ano o déficit foi de R$ 28 milhões.

Como o déficit de 2015, o qual era de R$ 130 milhões, reduziu para R$ 28 milhões, em junho de 2020?

Não foi por milagre, nem expertise de algum iluminado, mas um esforço conjunto de participantes, assistidos, servidores e administradores do Sergus e Banese. Esse esforço conjunto reflete não apenas na carteira de investimentos, mas principalmente em mutações do passivo.

Neste período, os fatores relevantes que resultaram nas mutações do passivo foram:

  1. Resolução da Previc, que permitiu para efeito de equacionamento a amortização de parte do déficit, através da precificação dos ativos;
  2. Equacionamento parcial do déficit, coberto por participantes, assistidos e patrocinadores;
  3. Reajustes salariais dos servidores, abaixo do projetado pelo Sergus, em dois anos seguidos;
  4. A importância de negociações nas ações judiciais, com participação decisiva dos autores (assistidos), liderados pela sua Associação;
  5. A reestruturação do Plano BD nos moldes do Saldamento Universal do plano BD;
  6. Cumprimento de meta atuarial.

Uma lição devemos tirar de todo esse processo, que garante o futuro do Sergus. Atenção especial aos nossos participantes e assistidos e ao reconhecimento e esforço de nossos servidores, que merecem tratamento qualificado e digno. Merecem o devido reconhecimento, em um ambiente de trabalho fraterno e solidário, sem interferência nos planos e na entidade e reconhecendo que o plano não suporta uma nova reestruturação, suspendendo o processo de estudo de migração em curso.