Informativo Semanal Anapar 06/09

Anapar debate projeto de mudanças do marco legal no dia 10/09, próxima sexta-feira, às 14h

Debate promovido pela Associação Nacional dos Participantes de Fundos de Pensão e de Beneficiários de Saúde Suplementar de Autogestão (Anapar) com a deputada federal Erika Kokay (PT-DF) e os ex-superintendentes da Superintendência Nacional de Previdência Complementar (Previc) Ricardo Pena, presidente da Funpresp, e José Roberto Ferreira, sócio-diretor na Rodarte Nogueira & Ferreira, para discutir o anteprojeto que prevê alterações nas leis complementares 108 e 109/2001, proposto pelo grupo de trabalho chamado Iniciativas de Mercado de Capitais do Ministério da Economia (IMK/ME), e como os participantes de fundos de pensão podem fazer o enfrentamento.

Se havia alguma dúvida sobre a política de favorecimento da transferência dos recursos dos fundos de pensão aos bancos e seguradoras em curso no governo, não há mais motivos para iludir-se. Basta analisar a proposta de revisão das Leis 108 e 109 de 2001 IMK/ME, que está circulando entre as entidades fechadas de previdência complementar (EFPC). A começar pela composição desse Grupo que conta com a participação do Banco Central (BACEN), da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), da Secretaria de Planejamento Econômico, da Secretaria Especial da Fazenda, do Tesouro Nacional, da SUSEP, da PREVIC, de 13 Associações do mercado bancário, de capitais, de seguros e previdência, incluindo a Bolsa (B3), para que se atente ao viés tendencioso desse debate.

Valendo-se da justificativa de dar provimento às alterações implementadas pela Emenda Constitucional nº 103, de 12 de novembro de 2019 (Reforma da Previdência Social), o documento amplia o escopo inicial para introduzir todas as propostas demandadas pelo sistema financeiro, sob o questionável argumento de promover fomento do Sistema Fechado de Previdência Complementar. Para isso propõe-se a propalada harmonização das regras aplicáveis às entidades abertas e fechadas que, em síntese, só favorece às primeiras, uma vez que a equiparação do tratamento tributário, único beneficio que se poderia listar em favor das entidades fechadas, não foi sequer apreciado.

Tratam-se de profundas e sensíveis mudanças na legislação de previdência complementar, que pode representar enorme retrocesso na governança e na operação dos planos previdenciários, bem como na relação dos patrocinadores públicos com as EFPC. Atentem-se às principais alterações defendidas pelo IMK/ME.

Os ajustes a serem promovidos na legislação de regência deveriam limitar-se ao atendimento do comando constante da Emenda Constitucional n° 103/2019, uma vez que há prazo para regulamentação do citado dispositivo constitucional – novembro/2021. Todas e quaisquer outras alterações poderá ser objeto de ampla e profunda discussão, com participação dos diversos segmentos representativos da sociedade civil, e tratados em momento adequado, que certamente não é agora.

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LEIA AQUI NOVO ARTIGO NO RECONTA AÍ: Fundos de pensão em risco: proposta do mercado financeiro e do governo ameaça futuro do sistema

 

 

Vitória dos trabalhadores: Senado derruba CGPAR 23

Semana passada, os beneficiários de planos de saúde de autogestão obtiveram uma grande vitória: o Senado aprovou o Projeto de Decreto Legislativo PDL 342/2021, de autoria da deputada Erika Kokay (PT/DF), relatado pelo senador Romário (PL/RJ), que suspende os efeitos da Resolução 23 da Comissão Interministerial de Governança Corporativa e de Administração de Participações Societárias da União (CGPAR). O projeto não precisa de sanção presidencial.

O projeto foi construído com a participação da Anapar e diversas entidades representativas dos trabalhadores. Durante os três anos em que esteve em tramitação, a Anapar esteve mobilizada com as associações, federações e sindicatos parceiros nesta empreitada, para reforçar os impactos da CGPAR 23, que estabelecia diretrizes no custeio dos planos de saúde das estatais, onerando os trabalhadores, e apresentou aos sendores a importância da aprovação do projeto da deputada Erika Kokay. “Esse é um momento muito importante para nós, que nos empenhamos na construção deste projeto e na luta para derrubar essa resolução nefasta, elaborada com o intuito de destruir conquistas dos trabalhadores e privilegiar os planos de saúde comerciais”, afirma a diretora de Saúde Suplementar da Anapar, Francisca de Assis.

A aprovação do PDL 342/2021 era uma das principais bandeiras de luta da Anapar, constando no plano estratégico votado durante o 22º Congresso Nacional dos Participantes de Fundos de Pensão e de Beneficiários de Saúde Suplementar de Autogestão, realizado em maio deste ano. “Não sucumbimos e fomos para a luta. Quando há reação, organização e compromisso, a vitória chega”, comemorou Antônio Bráulio de Carvalho, presidente da Anapar.

Clipping

Governo ameaça fundos de pensão com proposta de passar seus recursos ao setor financeiro (Rede Brasil Atual)

Participantes de previdência complementar poderão escolher regime de tributação ao receber benefício (Agência Senado)

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Prefeitura do Rio dá passo para implementar regime de previdência complementar para servidores (Extra)

PLC cria benefício a servidores públicos que migrarem para a previdência complementar (Governo de SC)

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